segunda-feira, 26 de março de 2007

as escolhas do Tozé

Tozé escolheu

“Um número reduzido de indivíduos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria, são
doidos... ““Loucura” Mário Sá Carneiro

"Pois bem, que assim seja! Que minha guerra contra o homem se eternize, já que cada um de nós reconhece no outro sua própria degradação... já que somos ambos inimigos mortais. Quer deva eu conseguir uma vitória desastrosa ou sucumbir, o combate será belo; eu, sozinho contra a humanidade". Lautréamont, "Os Cantos de Maldoror".

"Você, caro leitor, morrerá um dia. Espero que sem sofrimento. Mas indubitavelmente morrerá. E, a menos que morra num futuro próximo e de causas não naturais, é provável que adoeça antes de morrer”A Mente Doente" Paul Martin

“Ver ao longe é um dom especial de certas pessoas, sobretudo daquelas que não é pelas realidades alheias que caminham. Não pode por conseguinte ver ao longe aquele que põe a sua vontade ao serviço de qualquer acto imediato que caiba dentro do espaço de tempo da sua própria existência. A nossa existência pessoal fica abrangida pelo campo de acção das vontades que nos precederam. O nosso verdadeiro campo de acção está para além da nossa existência, no futuro. Pôr a nossa vontade ao serviço do imediato servirá apenas para que nos tire ainda mais tempo do pouco que já dispomos para atendermos ao nosso caso pessoal. A realidade, sendo de facto o que já existe feito, não deixa por isso de ser quase sempre um empecilho. Em vez de passagem é muro, não se pode transpor sem agilidade. E quando o facto real é um resultado da nossa vontade, que a tanto se empenhou, de empecilho pode facilmente transformar-se em muralha opaca que não nos deixe ver a nós mesmos do lado em que ficámos. Chama-se a isto não saber ver ao longe. Quem não sabe ver ao longe levanta muros em redor de si e muralhas que lhe tapem o horizonte. Se não sabe ver ao longe, tanto lhe faz como não que exista o longe, por isso tapa-o. Isto é, inventa-se um buraco para si, por cobardia de não ter ido a passo acertar-se com a sua própria estatura. Apressa-se para que a sua autobiografia não fique desmerecida aos olhos dos presentes, fabrica coerência para todos os seus actos e esquece só que tudo partiu afinal de não ter podido prosseguir na lealdade que se devia a si mesmo.”
“Nome de Guerra” Almada Negreiros

Últimas aquisiçoes:“ O grande frémito da Paixão” João Camilo
“Diário Remendado (1971-1975) Luiz Pacheco
“ A Ambição Sublime “ João Camilo

Sem comentários: